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A história secreta dos guarda-chuvas!
Você já parou para pensar onde estão os guarda chuvas que perdemos?
 
No intuito de entender este mistério, analisar o comportamento das pessoas e seguir desenvolvendo soluções para mobilidade, nós da ALD Automotive junto com o CONTRAFLUXO, criamos um projeto experimental que propõe o mapeamento dos guarda chuvas “perdidos” pela Região Metropolitana de São Paulo.
 
Os dados que serão analisados são:

- tempo de deslocamento;
- área que uma única pessoa percorre;
- conexões com outras modalidades de transporte;
- regiões mais utilizadas.
Com isto, o indivíduo pode criar maior consciência do que é viver em uma cidade conectada e o impacto gerado no seu transporte cotidiano.

Para que isso seja possível foram programados sistemas de GPS individuais, alocados aos guarda-chuvas, que nos darão a rota feita por cada usuário durante um período determinado. 

Lembrando que sua identidade será preservada, temos acesso apenas aos dados do GPS, isto é, a localização do guarda-chuva em mapa. 

Por ser um objeto acessível à todos, o guarda-chuva ocupa os mais variados espaços na cidade, universalmente conhecido e utilizado. Portanto, optamos por utiliza-los na cor branca para que se destaque em meio à cidade cinza, estando sempre visível mesmo quando for deixado, sendo útil para qualquer indivíduo.

 Topa participar? 

É simples colaborar, use o guarda-chuva o quanto quiser, mas lembre sempre de compartilhá-lo ou esquecê-lo em um lugar público de movimento, assim poderemos continuar a mapear a localização, os percursos feitos e colaborar com outras pessoas.
Lembrando que sua identidade será preservada. Teremos acesso apenas aos dados do GPS, isto é, a localização do guarda-chuva em mapa. 

Ao final da etapa de mapeamento iremos compilar todos os dados coletados e transformá-los em mapas temáticos que irão contar qual a história secreta destes objetos e por onde eles andaram..
PROJETO ARTISTICO SOBRE A HISTÓRIA SECRETA DOS GUARDA-CHUVAS
A ALD Automotive Brasil, junto com o CONTRAFLUXO, um laboratório urbano desenvolvido com objetivo de estudar mobilidade e comportamento urbano, convidou os artistas residentes da CasaSETE, uma residência criativa no ABC paulista, para representar signos e símbolos urbanos em estampas de guarda-chuvas e suas relações com a cidade.


O CONTRAFLUXO é um laboratório urbano, seu propósito é entender, experimentar e cocriar novas perspectivas a respeito de mobilidade e comportamento urbano tendo três pilares de pesquisa: pessoas, espaços e tecnologias. A iniciativa deste projeto surgiu a partir desses pilares, que vão de encontro com os nossos valores. 

Além das pesquisas realizadas sobre mobilidade a fim de entender os tipos de modalidade de transporte, suas funcionalidades, os impactos que causam na sociedade e no meio ambiente, surgiu o interesse em investigar signos, símbolos, ritos e mitos que impactam o indivíduo e a sociedade na construção de sua cultura e necessidades de locomoção.

O projeto “A história secreta dos guarda-chuvas” trata da seguinte proposta: 

Observar a mobilidade, partindo de uma perspectiva humana, íntima e pessoal onde os pequenos objetos do nosso cotidiano que possibilitam nossa mobilidade numa escala reduzida são o foco de estudo, objetos esses, que carregam histórias e estórias que quando contadas, perpetuam de algum modo, desde um período histórico até uma pequena tradição familiar.

Sendo assim, qual é a história que os nossos objetos podem nos contar sobre a mobilidade? Qual história esses objetos contam sobre nós mesmos enquanto sociedade?

A INVISIBILIDADE DO OBJETO: GUARDA CHUVA

O guarda-chuva, objeto que incorpora uma tecnologia capaz de permitir que indivíduo se locomova na chuva sob sua proteção, tem sua notoriedade apenas quando necessitamos dele. Nos momentos que a chuva não aparece largamos o guarda-chuva nos cantos como se não tivesse história para contar ou função a cumprir.
Antigamente as sombrinhas eram usadas comumente pelas mulheres para proteger do sol, dando então uma função secundária mas também de proteção a chuva.
Em outros períodos o guarda-chuva era símbolo de status com produção artesanal e com requinte de jóias, metais e pedras preciosas.
A intervenção buscou dar visibilidade aos guarda-chuvas, com obras dos artistas residentes da CasaSETE.

PRODUÇÃO ARTÍSTICA

Junto com o Contrafluxo, convidamos os artistas residentes da “CasaSETE” a conceber artes que serviriam de estampas para os guarda-chuvas de modo que representassem de alguma maneira a mobilidade, o indivíduo, a cidade e as pessoas. Acreditamos que trabalhar com artistas do Grande ABC, que não é uma região privilegiada no quesito mobilidade, poderia fornecer reflexões interessantes para o tema, além de fazer todo sentido com a proposta de ir “contra o fluxo” de escolher artistas renomados, propondo uma reflexão pessoal e convidativa sobre o tema mobilidade.


PRODUÇÃO DO OBJETO

O Com as artes desenvolvidas, buscamos então produzir os guarda-chuvas de maneira artesanal, já que este trabalho foi se perdendo devido à industrialização.
Em São Paulo, Aldo Grecco mantém sua loja de guarda-chuvas com a 6° geração, onde produz estes à mão e realiza reparos conservando histórias de uma época em que os guarda- chuvas eram objetos que enobreciam as pessoas, sendo usados até como buquê de casamento e vendidos em boutiques conceituadas.
Grecco produziu então os guarda-chuvas em seu ateliê conservando assim toda essa história, e sendo o único produtor artesanal de guarda-chuvas ainda ativo em São Paulo.

INTERVENÇÃO

A obra foi exposta em duas localidades - Na sede da ALD Automotive no Brasil, dentro do escritório por algumas semanas e também em frente à CasaSETE por um dia. Buscou-se o impacto visual da forma construída aliada a poética de cada obra.

As estampas criadas pelos artistas foram impressas em guarda-chuvas individuais e expostos em um formato de geodésia, onde a semântica formada é de um globo ou de um escudo, com uma idéia de agrupamento artístico formando algo maior, passando então a concepção de que os objetos, enquanto representação de indivíduos depende uns dos outros para sua perpetuação e existência.

Poesia por Michel Cena7

Nos dias de chuva ele quem nos cria e abriga locomoção

Nos dias de sol, possibilita conforto, visão.

De um modo ou de outro, guarda-chuva, também é guarda-sol 


Propõe uma área temporária de ação,

Que mesmo a sombra, pela cidade que nos assombra com tua verdade,

Como objeto, representa também a dualidade de mobilidade, solitude ou solidão. 


Afinal, todos que se movem pela cidade precisam de uma guarda. 


Se o fluxo do guarda-chuva é a ampliação de um campo,

Nós dizemos que, juntos como escudos,

Cabe vê-lo como proposição de união.